Prisão de 4 Suspeitos por Venda Ilegal de Marfim de Elefante: Modus Operandi e Provas Reveladas. |
A Direção de Crimes Específicos da Polícia Nacional da Indonésia (Bareskrim Polri) prendeu quatro suspeitos envolvidos em um esquema de comércio ilegal de marfim de elefante, uma prática que infelizmente ainda ocorre no país. Os suspeitos foram identificados como IR, JF, EF e SS.
De acordo com o diretor da divisão, o General de Brigada Nunung Syaifuddin, os acusados comercializavam marfim de elefante asiático transformado em diversos produtos, como cachimbos, bastões de comando, esculturas, fivelas e braceletes esculpidos. As vendas aconteciam tanto em lojas físicas quanto em plataformas online, como o TikTok, por meio de transmissões ao vivo.
O caso começou com a prisão de IR e EF, flagrados armazenando e vendendo marfim em sua forma bruta. Os investigadores também apreenderam diversos itens como evidência.
Os cachimbos feitos com marfim protegido eram vendidos por meio das contas de TikTok chamadas 1Junior9393 e GGNK. Segundo IR, ele comprava o marfim de JF, que fornecia tanto peças inteiras quanto já cortadas em formato de cachimbo.
Esses produtos eram oferecidos em transmissões ao vivo, com preços variados dependendo do tamanho e se o cachimbo tinha ou não entalhes. Após a venda, os produtos eram enviados via serviço de entrega JNT.
Outro suspeito, SS, usava o Facebook com a conta “Sony Shopian” para vender cachimbos de marfim. Ele afirmou ter comprado os produtos de IR, através das contas “Bonang” e “Almalik”. Cada cachimbo, com diâmetro de 10 cm, era vendido por aproximadamente R$ 1.200.000 por unidade.
Surpreendentemente, SS admitiu que já havia enviado os produtos para o exterior, incluindo Malásia e Coreia do Sul.
No terceiro caso, JF também vendia marfim em forma de cachimbo, esculturas, braceletes e bastões de comando. Ele mantinha quatro quiosques na Rua Surabaya, em Menteng, Jacarta Central, onde vendia o marfim ainda em blocos, não processado.
JF começou sua atividade ilegal em 2020, obtendo o marfim em regiões como Sentul e BSD, em Tangerang. Inicialmente, ele vendia a matéria-prima por R$ 8 milhões por quilo, mas atualmente o preço chega a R$ 12-16 milhões por quilo.
Os quatro suspeitos foram acusados com base na Lei nº 32 de 2024, que altera a Lei nº 5 de 1990 sobre conservação de recursos naturais e ecossistemas. As penas são severas: de 3 a 15 anos de prisão e multas pesadas. O comércio de animais protegidos, inclusive por meio digital, é estritamente proibido.
Este caso serve como um alerta claro sobre os perigos e consequências da compra ou apoio ao comércio ilegal de animais silvestres. Além de ser crime, essa prática ameaça a sobrevivência de espécies raras e o equilíbrio do meio ambiente.
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